Responsáveis por diferentes áreas da vida dos animais de estimação, esses profissionais cuidam desde alimentação e vacinação até higiene e rotina de recreação
O setor veterinário é um dos que mais cresceram no Brasil nos últimos anos. Somente em 2019, o segmento teve um faturamento total de R$ 36 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), que engloba outros bichos além de cães e gatos, como aves, peixes e répteis de pequeno porte.
Nesse contexto, cresceu a demanda por profissionais da área veterinária, desde aqueles que atuam em atendimentos clínicos generalistas em diferentes âmbitos, como dermatologia, neurologia e odontologia, até aqueles que cuidam do conforto e da rotina de recreação dos mascotes.
Um desses profissionais cuja demanda cresceu são os cuidadores de pet. Além de encarregar-se da alimentação saudável dos cães e de outros animais, esses indivíduos são responsáveis por várias funções, que vão desde garantir conforto e higiene, verificar vacinações e organizar atividades recreativas até garantir a segurança do seu animal de estimação em situações de emergência.
Embora esses cuidadores costumam ser mais requisitados quando os donos precisam se ausentar por um período determinado, durante uma viagem de férias ou a trabalho, por exemplo, eles vêm sendo cada vez mais solicitados, especialmente quando há preferência por não deixar os animais em hospedarias voltadas para mascotes.
Funcionamento
Para contratar esses profissionais, é preciso pesquisar empresas que fornecem esse serviço, conectando os donos às pessoas que tenham experiência nessa área ou que se disponham a cuidar. Vale pedir indicações de amigos e familiares que já conheçam este recurso. Depois, combine os dias e os horários em que o cuidador deve ir até a sua casa cuidar do animal.
No que se refere à higiene do animal, o cuidador pode escovar os pelos, limpar as orelhas, as dobrinhas corporais e os olhos. Outro aspecto referente à saúde do pet é verificar a vacinação e trocar os curativos nos horários adequados, se houver.
Se o animal sofrer um acidente ou apresentar sintomas graves, os cuidadores devem saber agir em situações de emergência e ter convênios com hospitais veterinários. Sobre a alimentação, esse profissional deve verificar se o pet está se alimentando, trocar a comida e a água quando for necessário, higienizando os recipientes que os armazenarem.
O profissional ainda pode ajudar a manter os cuidados diários do pet, especialmente, daqueles que passam a maior parte do dia sozinhos, já que isso costuma gerar frustração e tédio, facilitando a destruição de objetos da casa. Assim, é preciso pensar em brincadeiras, carinhos e interações educativas, além de realizar passeios em locais públicos para estimular o pet física e mentalmente.
Cuidados
Para estabelecer cuidados e recreação, é importante verificar com os donos como é a rotina habitual do animal, com o intuito de não gerar mudanças bruscas que motivem uma antipatia e até agressividade em relação aos cuidadores.
Outra dica importante é considerar a idade do pet. Filhotes costumam dormir mais, precisar de bastante afeto, a fim de criar vínculos, e um monitoramento maior do que animais em outras faixas etárias. Se o pet for idoso, é preciso saber quais problemas de saúde ele pode ter, os riscos e os horários adequados das medicações e realizar atividades de acordo com as suas possibilidades físicas.
Essa diferenciação de idade também é importante para definir a alimentação e escolher a ração. Enquanto filhotes precisam de alimentos mais energéticos, devido ao dispêndio de energia utilizado em seu crescimento, os mais idosos requerem dietas menos calóricas.
Para ser um babá de pet certificado, é preciso realizar cursos especializados na área, presenciais e virtuais. Alguns donos de animais solicitam essa preparação, então, verifique organizações e agências confiáveis que ofereçam essa qualificação.